Vamos fugir da solidão e/ou do “ser só”…

É provável que você pense que a matéria “Cada vez mais lares com apenas uma pessoa na Alemanha” (do site “DW”) nada tenha a ver com o livro infantil de Ziraldo “Planeta Lilás” (2009, Editora Melhoramentos) e muito menos com o vídeo “Novaiorquino ‘cura’ solidão ao espalhar número de telefone pelas ruas”.

 

 

Na verdade, os três textos publicados na mídia estão relacionados com a questão ou decisão de se viver só. Parece complexo e é mesmo se pensarmos que somos seres sociais, nos relacionamos, nos importamos com a avaliação, opinião, julgamento e olhar daqueles que amamos e, porque não dizer, odiamos ou, talvez até, ignoramos.

Será que viver só é uma opção? Uma fuga do mundo violento e invasivo? Um singelo “não” à vida, à outros mares, à outros planetas?

 

vamos-fugir-da-solidao-e-ou-do-ser-soAlemanha – Cenário da solidão e/ou do “ser só”

Segundo notícias que circulam pela web sabia-se que Berlim seria a “capital dos solteiros” no país. Agora, segundo o site “DW”, o título será repassado a Hannover, local com o maior número de lares de uma só pessoa.

Estas constatações fazem parte do resultado de um censo realizado pelo Departamento Federal alemão de Estatísticas sobre o número de habitantes do país, bem como sobre suas condições de moradia. Este ano, o censo se concentrou especialmente na situação daqueles que não dividem o lar com ninguém.

“Os resultados, publicados sob o título ‘Pessoas que moram sozinhas na Alemanha’, apontam que no ano de 2011 havia um total de 15,9 milhões de alemães vivendo sozinhos, ou seja, 20% de todos aqueles com mais de 18 anos. Na Europa, apenas a Suécia apresenta um índice mais alto”.

Morar sozinho, será uma escolha? A matéria responde: “O maior grupo de pessoas sozinhas não escolheu esse destino: são as mais de 4 milhões de mulheres acima de 65 anos, na maioria viúvas. O segundo maior grupo, que há 20 anos ainda era insignificante nesta estatística, é o dos homens entre 35 e 64 anos. Mais da metade deste grupo populacional é tida como de ‘solteiros convictos’”, ou seja, aqueles que nunca foram casados.

Roderich Egeler, presidente do Departamento de Estatísticas explica que há 20 anos o contingente de viúvos ou divorciados era bem maior: “Aqui fica claro que o casamento vem perdendo importância como forma de vida. Entre os jovens, o número de casados é de praticamente a metade do que apontava a estatística de 1996”.

Egeler esclarece que não foram analisadas as razões pelas quais as pessoas optam por morar sozinhas. No entanto, segundo ele, “viver só não significa automaticamente estar solteiro. As estatísticas não levam em consideração, por exemplo, que uma pessoa possa viver só, mas manter um relacionamento ou ter filhos que vivam em outra casa”.

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vamos-fugir-da-solidao-e-ou-do-ser-soPlaneta Lilás

E se fizéssemos como o personagem de Ziraldo do encantador “Planeta Lilás”? Sair do casulo e rumar para outros planetas, nada mais de solidão, de ser só! “E o espaço que era preto de repente ficou todo colorido em seu painel. E o bichinho exclamava: Eu sabia! Eu sabia que outras cores haveria além do roxo e do violeta do meu planeta lilás!”

Um bichinho tão pequenininho que não dava para ser visto nem com uma lente de aumento. Ele queria conhecer algo mais do que seu monótono planeta lilás.

“É a viagem do bichinho que vive solitário em seu “Planeta Lilás”. Cansado de viver no seu planeta, onde tudo é roxo, resolve construir um foguete e conhecer o universo. Nessa viagem, vai descobrindo outros planetas e conhecendo seus habitantes: o Branco, o Preto, as Cores, a Ideia, as Letras, o Ponto Final. Estes são os outros personagens da história. Aí o Bichinho percebe que cada letra é uma estrela e que juntando as letras forma a palavra, uma constelação. Só então descobre que o universo por onde ele viajou era um livro. E que o seu planeta lilás não era bem um planeta e sim uma flor, uma violeta que estava guardada dentro do livro” (Ziraldo).

vamos-fugir-da-solidao-e-ou-do-ser-soCura da solidão?

Você quer se curar da malévola solidão? Então, uma opção talvez seja fazer como o novayorquino Jeff Ragsdale, um homem em sofrimento, triste e isolado pelo fim de seu relacionamento.

Como tantos que sofrem por amor ou pelo simples desejo de conversar com alguém, Jeff tomou uma decisão radical, quem sabe até original: “Resolvi ser ousado e colocar meu telefone em panfletos de rua dizendo apenas: ‘liguem para mim’.

A resposta foi imediata e avassaladora: milhares de ligações, de todo o mundo. Como conta o site da “BBC”, um mês depois, Jeff pediu ajuda para um amigo em Seattle, para transformar o conteúdo dessas ligações em um livro, chamado Jeff, One Lonely Guy (Jeff, um cara solitário, em tradução livre).

A ideia parece interessante, é pena que tudo acabe em comércio, ganhos, notoriedade, vaidade.

Até a solidão termina em cifrões. O negócio é seguir Ziraldo e voar – passagem de ida sem volta – para planetas desconhecidos

Referências

MATHIAS BÖLINGER (2012). Cada vez mais lares com apenas uma pessoa na Alemanha. Disponível Aqui. Acesso em 14/07/2012.

VÍDEO (2012). Novaiorquino ‘cura’ solidão ao espalhar número de telefone pelas ruas. Disponível Aqui. Acesso 14/07/2012.

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