Trabalhar contribui para a longevidade, afirma estudo

Trabalhar faz bem à saúde e contribui para a longevidade. Esta é a principal conclusão de um estudo norte-americano realizado pela Universidade de Maryland. A pesquisa também apontou que aposentados que permanecem em atividade têm menos riscos de contrair doenças e apresentam mais produtividade em suas rotinas diárias. Em relação às grandes mudanças no dia a dia, os pesquisadores alertam que elas devem ser feitas com cautela, pois o tempo reduz a capacidade de adaptação. Publicado no Journal of Occupational Health Psychologia, o estudo teve início em 1992 e, de lá para cá, analisou um grupo de 12.189 pessoas com idades entre 51 e 61 anos. A cada dois anos, durante um período de seis anos, eles foram entrevistados sobre a sua saúde, vida financeira, histórico de emprego e reforma de vida. No item saúde, foram consideradas doenças como pressão arterial elevada, diabetes, câncer, doenças pulmonares e cardíacas, derrames e problemas psiquiátricos.

Maria Regina Almeida *

 

Os resultados demonstraram que os aposentados que continuaram em atividade tinham uma saúde melhor em comparação aqueles que optaram em parar de trabalhar. A pesquisa levou em conta somente os aposentados que continuaram trabalhando em suas áreas

No Brasil, os números comprovam que continuar trabalhando após a aposentadoria, na maioria dos casos, não é uma questão de escolha e sim de necessidade. Dados do censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o País tem cerca de 22 milhões de idosos e, desse total, 6,5 milhões estão em plena atividade (quase 30%). No censo de 1991, essa proporção era menor: 24%. A psicóloga e professora universitária Geraldina Witter, membro do Grupo de Psicologia do Idoso em Mogi das Cruzes, afirma que esta situação ocorre no País porque o sistema de aposentadoria, em sua opinião, é muito perverso, pois exige que o trabalhador, depois de uma vida inteira de atividade, não consiga viver com o valor que passará a receber da Previdência. “Em muitas situações, o dinheiro da aposentadoria mal dá para comprar remédios”, observa.
Essencial

Mas, independentemente do regime previdenciário injusto, a psicóloga destaca que é essencial que a pessoa mantenha uma atividade, seja ela regular ou em dias alternados, inclusive fazendo trabalhos voluntários, pois isso contribui para a saúde emocional e física dos idosos.

Segundo ela, é importante fazer um planejamento, com pelo menos cinco anos de antecedência, da atividade que se pretende exercer após a aposentadoria.

“É interessante também que a pessoa comece a se envolver nesta nova atividade para ir se familiarizando e avaliar se a escolha será acertada”, explica a especialista, acrescentando que a opção em manter uma ocupação pode ser também fazendo trabalhos manuais, como o artesanato e artes.

Fonte: Jornal MogiNews, 22/01/2011 – Matéria de Maria Regina Almeida. Disponível Aqui

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