Psoríase é motivo de preconceito para mais de 70% dos entrevistados em pesquisa no Brasil

População foi questionada a partir de imagens que retratavam pacientes com psoríase não identificados. Desconhecimento sobre a doença e estigma relacionado ao problema ainda são entraves para o diagnóstico correto.

 

 

Psoriase-e-motivo-de-preconceitoPsoriase-e-motivo-de-preconceito

Psoriase-e-motivo-de-preconceito

Nojo, tristeza, medo, desespero e preocupação. Esses são apenas alguns dos sentimentos provocados pela psoríase, doença imunológica crônica que causa inflamações e manchas na pele no formato de placas avermelhadas (principalmente no couro cabeludo, cotovelos e joelhos) e pode atingir aproximadamente 4 milhões de pessoas no país.

Seguindo uma linha de pesquisas internacionais focadas em entender o estigma sofrido pelos portadores do problema, a Janssen-Cilag Farmacêutica desenvolveu uma pesquisa inédita sobre o tema. Entrevistadores do IBOPE ouviram 602 pessoas de oito capitais do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Salvador e Recife) a partir dos 20 anos. Os entrevistados opinaram com base em dois quadros de fotos que retratavam portadores de psoríase (não identificados) em dois estágios da doença: leve e moderada/grave. Os entrevistadores questionaram então, sobre situações do cotidiano, incluindo perguntas sobre relacionamentos interpessoais (afetivo, profissional ou de amizade) com pessoas portadoras de psoríase.

Receba as últimas notícias!

Não perca nossas principais notícias e notícias que você precisa saber todos os dias em sua sua caiza de entrada.

Cerca de 70% dos entrevistados demonstraram que teriam reações preconceituosas ao se deparar com pessoas com a doença e mais de 60% tiveram reações negativas ao ver fotos de pessoas com o problema. A maioria disse que evitaria contratar um profissional com psoríase para trabalhar em sua casa, ocupar uma posição gerencial ou ainda comer uma refeição preparada por ele. Já cerca de 80% dos entrevistados não namoraria alguém com a doença e nem entraria em uma piscina caso houvesse um portador de psoríase nela. A rejeição da população entrevistada mostrou-se ainda maior quando se trata de um estágio mais grave da doença, quando as placas atingem uma parte maior do corpo e são ainda mais difíceis de esconder por meio de roupa.

A pesquisa mostrou também que 2/3 dos entrevistados nunca ouviram falar sobre psoríase ou afirmaram que ela é rara, contagiosa e que tem cura. Esses resultados demonstram o grande desconhecimento da população brasileira com relação à doença que atinge até 3% da população mundial. “A falta de conhecimento sobre a doença leva ao subdiagnóstico. Muitos não sabem que a psoríase não é contagiosa e que tem tratamento”, afirma o dermatologista Artur Antonio Duarte, professor titular da Faculdade de Medicina de Santo Amaro e coordenador do Ambulatório de Imunobiológicos e Colagenoses da Unisa.

Estigma

A psoríase está associada a casos de depressão e comorbidades frequentes, como doenças inflamatórias do intestino, doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade. Segundo dados do Consenso Brasileiro de Psoríase, até 60% dos pacientes com a doença sofrem de depressão. “Esses índices mostram o quanto os pacientes com psoríase sofrem com o estigma provocado pela doença. Por desconhecimento da população, essas pessoas são vítimas de preconceito.”, avalia a dermatologista Lúcia Arruda, chefe do serviço de dermatologia do Hospital Universitário da Pontifícia Universidade Católica (Puc) de Campinas.

Tratamento

Atualmente, o tratamento inclui medicamentos tópicos (cremes e loções) para os casos leves. Já na psoríase moderada e grave, problema que atinge até 25% dos pacientes com a doença, o tratamento pode ser realizado com medicamentos sistêmicos (orais ou injet&aa cute;veis) e, atualmente, com os modernos agentes biológicos. Entre esses biológicos foi recém-lançado no Brasil, o Stelara® (Ustequinumabe) que atua diretamente nas proteínas naturais IL-12 e IL-23, envolvidas no processo de desencadeamento da doença. “O rápido início de ação associado a comodidade terapêutica com apenas quatro doses ao ano é reforçado pelo dado observado nos estudos clínicos em que mais de 70% dos pacientes tiveram melhora no índice de qualidade de vida após apenas 2 aplicações do medicamento”, explica Lúcia.

Fonte: Disponível Aqui. Créditos de Imagem: Dermatolgia Online: Disponível Aqui 

Portal do Envelhecimento

Compartilhe:

Avatar do Autor

Portal do Envelhecimento

Portal do Envelhecimento escreveu 4204 posts

Veja todos os posts de Portal do Envelhecimento
Comentários

Os comentários dos leitores não refletem a opinião do Portal do Envelhecimento e Longeviver.

Descubra mais sobre Portal do Envelhecimento e Longeviver

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading