Preparando a casa para a chegada da terceira idade

Os idosos representam 11% da população brasileira e serão 22%, o dobro, em apenas 15 anos, em 2025. Copacabana já é, hoje, um retrato do que o Brasil será ainda mais adiante: um em cada três moradores é idoso. Não é a toa que o bairro até serviu de base para um estudo de alcance mundial nessa área.

 

Se você tem um parente idoso ou já está a caminho da terceira idade é preciso pensar a longo prazo: serão necessárias adaptações no lar para garantir mais conforto e segurança, nesta etapa da vida, pois as quedas de idosos já estão sendo classificadas pelo Ministério da Saúde como epidemia.

Os principais motivos de quedas são as condições físicas e motoras do idoso, que podem ser prejudicadas pela influência de medicamentos, tonturas, problemas oftalmológicos, fraqueza muscular ou de audição. Além do estado de saúde do idoso, as quedas também estão relacionadas a causas externas. As mais comuns são os obstáculos, que podem estar em casa, ou fora dela, como raízes de árvores, degraus ou calçadas esburacadas.

De uma maneira geral, tudo o que está ligado à automação residencial facilita a vida de um idoso. “Centrais controladoras de iluminação e equipamentos elétricos que podem ser programadas por eventos ou por horário, e que, numa situação de pânico, podem se transformar em alarme. Podemos utilizar leitores biométricos em várias aplicações, pois identificam o usuário e acionam utilitários, sem a necessidade de manuseio de equipamentos”, diz a arquiteta Ana Paula Naffah Perez, diretora de projetos da C+A Arquitetura e Interiores.

Cortinas e venezianas elétricas acionadas através de um botão, irrigação automática de jardins e plantas, controle da temperatura do ambiente por controle remoto e pisos antiderrapantes também são algumas das facilidades que minimizam os esforços físicos, na terceira idade. A arquitetura de uma casa com automação adaptada às necessidades da terceira idade deve estar de acordo com as tecnologias que serão utilizadas no projeto. “Por exemplo, para que a temperatura interna seja sempre estável, o uso da tecnologia de condicionamento de ar deve ser econômico e racional, mas a arquitetura deve ter sido pensada para isso também”, destaca Ana Paula Naffah Perez.

Adaptando a casa
Para serem feitas as adaptações na residência do idoso, ele deve ter conhecimento disso e aceitar as mudanças. Se houver algum tipo de resistência por parte dele, por causa dessas alterações em sua casa, uma conversa com os parentes pode ajudar a resolver o problema. “No entanto, se houver conflitos familiares, o procedimento fica mais difícil, sendo necessário, algumas vezes, a ajuda de profissionais especializados, que possam orientá-los na tomada de decisões importantes e preventivas para manutenção da saúde corporal do idoso”, diz Perez.

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Segundo os especialistas em prevenção de quedas, o banheiro é o lugar mais propenso à queda de idosos, pois se trata de um local onde o piso está sempre molhado. “Há a possibilidade de utilizar um piso antiderrapante. Para quem não tem condições de trocar o piso, outra solução possível é um tapete de borracha que gruda no chão, próprio para evitar acidentes e alguns materiais que estão disponíveis no mercado que criam uma aderência a pisos derrapantes”, explica a arquiteta Ana Carolina M. Tabach, diretora de projetos da C+A Arquitetura e Interiores.

Outro equipamento necessário na adaptação do banheiro são as barras de apoio, que evitam que os idosos utilizem outros meios de apoio, como torneiras, por exemplo. “Outra adaptação importante é a cadeira fixa dentro do box, com assento dobrável. Quando a pessoa deseja tomar banho é só desdobrá-la, sentar-se e banhar-se tranquilamente”, observa Ana Carolina Tabach. Quanto ao vaso sanitário, ele deve ser elevado com barras laterais de apoio para os braços. É possível encontrar em algumas lojas especializadas assentos removíveis, que permitem a utilização do banheiro por outros membros da família.

Os corredores das residências também são locais propícios a quedas. “Por isso, este local deve contar com uma iluminação adequada, principalmente à noite. É possível instalar sensores de presença, para que a luz se acenda automaticamente. Se não houver a possibilidade da instalação de sensores, a luz pode ficar permanentemente acessa, durante a noite”, conta Tabach.

Outra medida preventiva contra tropeços é deixar desimpedida a área de circulação do idoso. O caminho deve estar livre de tapetes com dobras, brinquedos e fios de telefones. As escadas também merecem atenção especial, pois podem causar vários acidentes. “O tipo mais inadequado de escada é o que geralmente encontramos nos sobrados, com uma janela no topo e iluminação frontal. A luminosidade faz com que o idoso não consiga enxergar os degraus e caia. É importante também colocar uma sinalização nas pontas dos degraus e nunca deixar tapetes soltos. O corrimão deve ser firme, dos dois lados. Os degraus não podem ter altura variada, pois podem provocar tropeços e quedas”, alerta a diretora de projetos da C+A Arquitetura e Interiores.

No quarto de dormir do idoso, é possível instalar interruptores próximos da cama, para que o idoso não precise se levantar no escuro. “Em geral, as camas devem ser baixas (45 a 50 cm, incluindo o colchão) de forma que, ao levantar, os pés do idoso toquem o chão. Além disso, devem ser largas para dar maior segurança ao movimento dos idosos ao dormir”, ensina Ana Carolina Tabach.

O chão do quarto deve ser em piso antiderrapante, sem tapetes ou objetos soltos. Colocar uma cadeira no quarto pode facilitar o idoso a calçar meias e sapatos. As mesas de cabeceira devem ter cerca de uns 10 cm a mais de altura do que a cama, devem ter, preferencialmente, bordas arredondadas e devem ser fixas, evitando seu deslocamento. “Os armários devem ser projetados com portas leves e cabideiros baixos. As gavetas devem contar com travas de segurança e as prateleiras podem contar com luz interna ao abrir a porta, para facilitar a localização dos objetos”, explica Tabach.

Para mais informações: Acesse Aqui

Fonte: Acesse Aqui, posted on 17/12/2010,

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