Os desafios de envelhecer no século XXI e o papel das políticas públicas

Os desafios de envelhecer no século XXI e o papel das políticas públicas

Serão três dias de muito diálogo, afinal, discutir como é envelhecer no Estado de São Paulo é fundamental para orientar políticas que consolidarão um futuro diverso que queremos para nós, nossos filhos, netos, bisnetos, tataranetos…


Diversas fases antecederam ao evento que hoje tem início em Águas de Lindóia (SP), a XV Conferência Estadual do Idoso, e que vai até quarta-feira, dia 13, para refletir sobre “Os desafios de Envelhecer no Século XXI e o papel das Políticas Públicas”. Nesse curto tempo, 333 delegados eleitos nas Conferências Municipais, 26 delegados natos do Conselho Estadual do Idoso e 26 convidados, entre estes esta que vos escreve, discutirão como é envelhecer no Estado de São Paulo, além do caminho do Brasil que envelhece.

Cerca de 390 pessoas, entre jovens, adultos e velhos, conselheiros, gestores, técnicos, representando a sociedade civil e o poder público, num espaço democrático, irão propor avanços quanto a dignidade de se envelhecer.

São Paulo tem 645 municípios e mais de 450 têm conselho do idoso, mas nem todos são ativos. Muitos ainda desconhecem o potencial que há em cada um. Por isto a importância das conferências, as quais constituem base para o desenvolvimento futuro, tal como consta no “Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento” (ONU, 2002).

Serão três dias de muito diálogo, afinal, saber que velhos somos e o que queremos não é tarefa fácil, mas é fundamental para orientar políticas que consolidarão um futuro diverso que queremos para nós, nossos filhos, netos, bisnetos, tataranetos… Há alguns anos li uma matéria que falava de uma etnia indígena norte-americana que relatava que ali se governava pensando na sétima geração. Esse deve ser o espírito das discussões em que todos estaremos envolvidos nestes dias, pois a XV Conferência é uma ferramenta que nos coloca em relação com o outro, um outro possível de mim, hoje e amanhã.

Respeito, experiência, diálogo e consenso serão palavras chaves dos desafios que aí estão batendo às portas dos municípios tão desiguais quanto as diferentes velhices plurais. E quando falamos em desafios, falamos das escolhas sociais de se envelhecer, afinal, envelhecer saudavelmente ou como costumo falar, envelhecer de bem com a vida, depende do acesso aos direitos à saúde, à cultura, à educação, à mobilidade, ao transporte, moradia e por aí vai…

De acordo com o material disponibilizado aos participantes da XV Conferência Estadual do Idoso, esta é

um espaço de caráter deliberativo, que oportuniza o debate e avaliação da política pública voltada para o idoso, bem como a proposição de novas diretrizes, no sentido de consolidar e ampliar os seus direitos garantidos na legislação vigente”. Consta ainda que a principal tarefa da Conferência é “reunir governo e sociedade civil para debater e decidir as prioridades nas políticas públicas nos próximos anos”.

Por isso a XV Conferência Estadual do Idoso tem como objetivo eleger as propostas encaminhadas pelos municípios bem como estabelecer diretrizes para as políticas públicas a fim de superar os desafios do envelhecimento.

Os debates girarão em torno de quatro eixos temáticos, num total de 3.802 propostas recebidas, a saber:

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1) Direitos fundamentais na construção/efetivação das políticas públicas, contendo os subeixos: saúde, assistência social, previdência, moradia, transporte, cultura, esporte e lazer. (1.478 propostas)

2) Educação: assegurando direitos e emancipação humana. (717 propostas)

3) Enfrentamento da violação dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa. (955 propostas)

4) Os Conselhos de Direitos: seu papel n efetivação do controle social na geração e implementação das políticas públicas. (652 propostas)

O trabalho será grande, mas saber que estamos aqui ajudando a construir um melhor envelhecer para o Estado e país, e especialmente para as próximas gerações, é desafiador!


O curso “Centro dia para idosos: como se faz?” terá aula discursiva, expositiva e dialogada a partir de referências atuais e experiências práticas, com dinâmicas e reflexões, discussões de casos em que os inscritos poderão esclarecer suas principais dúvidas a respeito dos centros dia e esboçar seus projetos.

Inscrições: https://edicoes.portaldoenvelhecimento.com.br/produto/curso-centro-dia-para-idosos-como-se-faz/

Beltrina Côrte

Jornalista, Especialização e Mestrado em Planejamento e Administração do Desenvolvimento Regional, Doutorado e Pós.doc em Ciências da Comunicação pela USP. Estudiosa do Envelhecimento e Longevidade desde 2000. É docente da PUC-SP. Coordena o grupo de pesquisa Longevidade, Envelhecimento e Comunicação, e é pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Envelhecimento (NEPE), ambos da PUC-SP. CEO do Portal do Envelhecimento, Portal Edições e Espaço Longeviver. Integrou o banco de avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – Basis/Inep/MEC até 2018. Integra a Rede Latinoamericana de Psicogerontologia (REDIP). E-mail: [email protected]

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Jornalista, Especialização e Mestrado em Planejamento e Administração do Desenvolvimento Regional, Doutorado e Pós.doc em Ciências da Comunicação pela USP. Estudiosa do Envelhecimento e Longevidade desde 2000. É docente da PUC-SP. Coordena o grupo de pesquisa Longevidade, Envelhecimento e Comunicação, e é pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Envelhecimento (NEPE), ambos da PUC-SP. CEO do Portal do Envelhecimento, Portal Edições e Espaço Longeviver. Integrou o banco de avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – Basis/Inep/MEC até 2018. Integra a Rede Latinoamericana de Psicogerontologia (REDIP). E-mail: [email protected]

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