“O açúcar foi quem mais bebeu, mas a conta ficou para a gordura…”

“O açúcar foi quem mais bebeu, mas a conta ficou para a gordura…”

O metabolismo do açúcar no corpo humano, independente do grau de refinamento deste (seja açúcar refinado, mascavo, mel, etc.) gera substâncias responsáveis pela formação do colesterol LDL, o famoso colesterol ruim, que por sua vez, quando em níveis elevados, aumenta o risco de desencadeamento de doenças cardíacas.

 

“O açúcar foi quem mais bebeu, mas a conta ficou para a gordura”, esta frase pode parecer brincadeira, mas foi exatamente o que aconteceu na década de 60 do século passado, com reflexos que sentimos nos dias de hoje e sentiremos nos próximos que virão. Isso porque nessa época, a indústria norte americana do açúcar diminuiu o conteúdo de seus achados sobre o impacto dessa substância nas doenças cardíacas, tornando assim as gorduras saturadas protagonistas como principal causa alimentar relacionada a estas enfermidades!

O assunto veio a público há poucos meses, quando uma publicação da Jama Internacional Medicine, de São Francisco, Califórnia, EUA, demonstrou as inconsistências nas pesquisas realizadas por volta de 1960. De fato, mesmo sabendo que o consumo de açúcar agrava/causa doenças como o diabetes e obesidade, quando falamos do colesterol elevado e doenças cardíacas, associamos como perigosas as dietas ricas em gordura e, raramente, mencionamos o açúcar como precursor dessas últimas afecções.

Mas, afinal, que mal o açúcar faz? Segundo os pesquisadores, o metabolismo do açúcar no corpo humano, independente do grau de refinamento deste (seja açúcar refinado, mascavo, mel, etc.) gera substâncias responsáveis pela formação do colesterol LDL, o famoso colesterol ruim, que por sua vez, quando em níveis elevados, aumenta o risco de desencadeamento de doenças cardíacas. Somando-se a isso, o consumo excessivo de açúcar colabora para o surgimento de diabetes, obesidade e cáries, as duas primeiras importantes fatores desencadeantes de hipertensão, infartos e outras doenças cardiovasculares.

Embora os estudiosos concordem em associar o consumo de açúcar com a formação do colesterol ruim, há linhas de pesquisa que ainda mantém as gorduras, principalmente as saturadas, como principais vilãs no desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Estes novos achados nos mostram que devemos nos preocupar ainda mais com o consumo de açúcar. Afinal, ele pode não ser o principal responsável por doenças do coração, mas além de já causar várias afecções conhecidas, foi provada sua relação com o colesterol ruim e o seu consumo deve ser controlado e evitado ao máximo.

Nélio Borrozino

Possui graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário São Camilo (CUSC - 2011). Especialista em informática em saúde pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP - 2014). Mestrado em Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). É Coordenador de operações na ShareCare Brasil. Tem experiência como gestor na área de Enfermagem, com ênfase em Prevenção e Promoção da Saúde, gerontologia, onde foi membro do Grupo de Estudos em Envelhecimento Cerebral da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Informática em Saúde com foco em Gerenciamento de Doenças Crônicas (GDC), Prontuário Eletrônico, Tele-Enfermagem, Gestão de pessoas, Gestão por processos e Comunicação efetiva. Email: [email protected]

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Possui graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário São Camilo (CUSC - 2011). Especialista em informática em saúde pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP - 2014). Mestrado em Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). É Coordenador de operações na ShareCare Brasil. Tem experiência como gestor na área de Enfermagem, com ênfase em Prevenção e Promoção da Saúde, gerontologia, onde foi membro do Grupo de Estudos em Envelhecimento Cerebral da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Informática em Saúde com foco em Gerenciamento de Doenças Crônicas (GDC), Prontuário Eletrônico, Tele-Enfermagem, Gestão de pessoas, Gestão por processos e Comunicação efetiva. Email: [email protected]

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