Mooca – Memória Viva

Assim começa o relato de Amaro, nascido em 1933, que veio já moço para São Paulo, no ano de 1956. Trabalhando como eletricista no Brás conheceu sua esposa, encontro que relata com muito entusiasmo.

Vera Brandão *

 

Em 5 de julho de 1975… ao chegar na casa de materiais elétricos, situada na rua Bresser, um dos funcionários foi dizendo: – Amaro, vá urgente na mesma rua, nº 811, primeira sobreloja, pois o proprietário está com problemas em suas instalações elétricas… exigiu alguém responsável. E vá com calma que o árabe está tiririca! Subindo as escadarias, bati na porta… segurando a maçaneta estava a mulher de sua confiança e atrás estava a beldade, trajando calça de lã vermelha, blusa azulão e lenço de seda amarrado na cabeça…. disse ao meu irmão: – Vou namorar a filha deste homem!

O conserto da eletricidade serviu de pretexto para uma aproximação de Nádia, a beldade, e daí para o namoro aos poucos aceito pelos irmãos, e finalmente o casamento no mesmo ano, em 6 de dezembro.Uma das exigências para que o casamento fosse realizado era a aquisição de um imóvel próprio, por parte do noivo. E assim começa sua história no bairro da Mooca.

Recorda dos passeios já com o filho pequeno, de carrinho e depois de bicicleta no Clube da Mooca, no parque da Regional do bairro.

Suas lembranças são trazidas também, pelo “cheirinho da Mooca” ligado ao café. Lembra de um slogan que dizia: – vamos tomar um Mooca verdadeiro!

Lembro-me ainda do café Seleto, situado, na rua Padre Adelino, exalando o cheiro de café moído a quase toda hora do dia.. Sua chaminé anunciava a moagem, soltando uma fumacinha cheirosa…. formava-se um corredor perfumado em toda a área… A rua Taquari, tinha cheiro de anilina e outras químicas… hoje ao passar no trecho, sentimos o odor de tudo isto… é o cheiro da Mooca… recordação da Vila que foi, e será sua memória…

Uma lembrança recorrente em todos os narradores, além do cheiro de café, é um típico de um bairro de maioria descendentes de italianos: o cheiro de comida. E Amaro recorda:

Em 1956 conheci o cheiro da Mooca nos aromas das comidas, principalmente o cheirinho dos panelaços de macarronada do bairro!

Angelina, filha de portugueses,nascida em 1937 na rua Conselheiro Lafayete, vivendo hoje na rua Pereira da Silva, sempre no mesmo bairro, também fala sobre o tema:

Falar sobre o cheiro da Mooca, é falar do cheiro de fumaça, quando os trens passavam pelas ruas dos Trilhos. Um cheiro mais gostoso e agradável… o do pó de café…

Casas que se localizam no início da rua dos trilhos

Relembra também os ligados aos doces da Doceria Modelo, na rua Padre Raposo e da famosa Di Cunto, na Borges Figueiredo. Completa:

Das famosas pizzas da Mooca, a do Romanato, que era na rua Javari e hoje na rua Oratório… e nos finais de ano, sua Bandinha tocava nas ruas do bairro de madrugada, principalmente na Pereira da Silva…

Ao recordar a infância e juventude relata:

Estudei na escola da rua João Caetano – Centro de Assistência Social Braz-Mooca… e na Escola Técnica de Comércio Ruy Barbosa. Como eu gostava muito de dançar quando completei 15 anos… minha mãe fez uma linda festa para mim e… as colegas que estudavam comigo trouxeram um presente que guardo até hoje – um porta -jóias com formato de bailarina.

Dessa época guarda a lembrança do footing feito muitas vezes com a irmã, dez anos mais velha, e às escondidas de seu rigoroso pai que as proibia de sair.

Saíamos para o footing que acontecia na rua Olímpio Portugal até a Avenida Paes de Barros, onde flertávamos como era o início dos namoros, naquela época. Muitas vezes marcávamos encontro com algum rapaz e não comparecíamos…. depois dizíamos que meu pai não tinha nos deixado sair.

Lembra também dos “bailinhos” realizados nas casas de famílias do bairro, onde tinha joven,s como na rua João Caetano, Hipódromo, Pereira da Silva… e num clube, na casa de uma família, na rua Orville Derby, chamado “Cupido”. Nos reuníamos nos fins de semana, para um baile muito gostoso, onde “rolava” muita paquera ao som de boleros de Gregório Barros, Cauby Peixoto e tantos outros…

Arlete, descendente de italianos cujos pais conheceram-se e casaram-se no bairro, assim se apresenta:

Eu nasci na Mooca e vivo aqui até hoje. Fiz o jardim de infância em uma escola na rua João Caetano, era uma escola alemã, que foi tomada pelo governo na época da guerra de 40. O primário fiz no Osvaldo Cruz, onde meus pais também estudaram, e hoje é um patrimônio da Mooca. Morei em uma rua onde todos eram conhecidos, pois nossos pais trabalhavam juntos na estrada de ferro. Parecíamos uma só família, existia união e companheirismo. Ainda hoje tenho amigos morando lá, alguns mudaram, mas a rua continua sendo um lugar familiar e de fortes amizades.

Ao comentar uma foto da juventude, na qual aparece andando de bicicleta nessa rua, diz:

As casas na época eram todas iguais, foram feitas pela empresa São Paulo Railways Company para os funcionários da ferrovia. Atualmente poucas continuam como foram construídas na década de 30.

Vista do viaduto Alcântara Machado – onde podemos contemplar os trilhos e os trens que foram a “locomotiva” do progresso de São Paulo

A comunidade afetiva, tão importante na construção e manutenção do sentido de pertinência para o indivíduo, aparece fortemente marcada no relato de Arlete. Apesar das mudanças observadas no bairro ela ainda tem, na rua onde passou parte de sua vida, um referencial de amizade e solidariedade.

Interessante notar que nos bairros tradicionais onde este trabalho, de resgate e ressignificação das trajetórias, foi realizado permanecem preservadas, ao lado do progresso e transformação do bairro e da própria cidade, algumas “ilhas” de convívio próximo e amistoso. Mesmo no caso de Amaro, que veio já adulto para a cidade e somente após o casamento para a Mooca, notamos esta sensação de pertencimento e bem estar no bairro.

Arlete também relembra do footing na rua da Mooca entre a rua Orville Derby e a Avenida Paes de Barros onde, apesar de não ser assídua, acabou por conhecer seu marido. Desta época lembra também que: íamos muito aos cinemas, existiam muitos no bairro, o cine Moderno, o Ouro Verde, o Imperial, Santo Antônio e outros. Outras formas de lazer desta época eram os passeios aos parques da cidade, na Vespa pertecente ao seu marido, e os bailes.

Existia um clube chamado Cupido, perto do Largo São Rafael, e às vezes íamos ao baile nos divertir… o que mais tocavam eram as músicas românticas como Blue Moon, Only You… os boleros, samba canção. Eram ritmos que eu mais gostava, pois se dançava juntinho com o rosto colado, e a gente se deixava levar pela música…

Como seus outros companheiros de rememoração também lembrou-se do cheiro de café, da confeitaria Di Cunto, onde fazem doces deliciosos que perfumam o ambiente… e o cheiro do pão italiano que durante muito tempo foi distribuido pela padaria do Carillo e… andando pela rua Javari sinto o cheiro delicioso da saborosa pizza da pizzaria São Pedro.

Através dos sentidos, em especial os cheiros, vemos como se unem o passado, presentificado na rememoração, e o presente vivido nas narrativas destes antigos moradoresdo bairro.

O grupo que se formou para recordar as histórias do bairro reuniu-se na Biblioteca Affonso Taunaye lá, em uma das tardes, teve um encontro com Fernando Bonassi, escritor e roteirista, nascido e criado no bairro que também falou de suas lembranças. Sobre este encontro, que foi muito agradável a todos, Arlete comenta:

Foi muito bom pois me fez lembrar de muitas coisas que eu havia esquecido… a loja Americana, que ficava na rua da Mooca, eu adorava tomar sorvete lá, das festas juninas no Juventus, na rua Javari, que eu ia com meus primos e amigos, da estação da Mooca, onde meu tio era chefe… e residia no próprio local… a gente brincava muito nos vagões dos trens que ficavam parados…

Biblioteca Pública Affonso Taunay – onde se realizaram os encontros da oficina de memória (maio/2004)

A recordação das festas juninas mistura cheiros, sabores e afetos.

Ela ( a mãe) costumava, toda véspera de Santo Antônio, comemorar fazendo o bolo, assando batata-doce, cozinhando pinhão e não deixando de fazer quentão. Lembrando dela eu até cheguei a sentir o cheirinho de erva doce que ela usava na receita. Na rua Pereira da Silva, onde eu morava, todo ano eram comemoradas estas festas e todos participavam. Naquela época era muito frio no mês de junho, então se acendia uma fogueira no larguinho onde se assava batata-doce, as crianças pulavam fogueira, soltavam balões, que naquele tempo era permitido… o céu ficava coberto de luzinhas… que pareciam estrelas. Nesta rua ainda moram três amigas que participam do grupo Renascer: Diva, Angelina e a Aracy.

É com a lembrança do bairro dos anos 30 que Augusta nascida no bairro, rua Coronel Cintra, em 1924 – 80 anos de Mooca! – inicia seu relato.

Naquele tempo era tudo entregue em casa: o pão, leite, verduras, miúdos de boi… era tudo vendido nas ruas, também galinhas e frangos.

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Seu pai era sapateiro e a família grande, daí a lembrança das muitas dificuldades. Assim, pode estudar apenas o primário e aos 14 anos fui trabalhar na fábrica de seda, na rua da Mooca… e depois na Alpargatas onde era tecelã.

Desta época lembra que: meu pai comprou um rádio onde a família, a noite, ouvia as novelas da rádio São Paulo… nós sentávamos em volta da mesa… e minha mãe tinha que abrir uma lata de marmelada. Era um tempo bom e feliz.

Augusta também recordou o perfume delicioso que vinha da fábrica de chocolates Gardano, do footing na rua da Mooca, e da surra que levou do pai por ter fugido dele. E de um baile de carnaval em 1947 quando, mesmo adoentada, acompanhou as irmãs e o noivo e ele muito “descarado”, foi dançar com outra moça dizendo que ela era apenas uma prima…

Agora, já viúva e com os 3 filhos homens casados, Augusta vive só. Diz que para ela foram muito proveitosas as tardes passadas com a turma, recordando. E completa: as vezes eu chegava cansada e aborrecida, mas no decorrer da reunião eu ficava alegre com as conversas das amigas…

Recordar não é sempre bom, e nem o é para todos. Foi importante por parte dos coordenadores, neste e nos outros grupos participantes do projeto, sempre uma atitude de absoluto respeito aos “donos da história”. Cada participante falou ou calou, seguindo seu desejo. Para muitos, como para Augusta, estes momentos de encontro, escuta, trocas afetivas trouxe a alegria deste compartilhar das lembraças comuns do bairro onde nasceram, cresceram e vivem até hoje.

Filomena, filha de espanhóis, nascida em Bernardino de Campos, interior de São Paulo, relata:

Com 9 anos vim morar em São Paulo, no bairro da Mooca, na rua Siqueira Bueno. Estudei no Queiroz Telles até a 4ª série… também corte e costura e tricô. Aos 14 anos fui trabalhar na tecelagem e fiação Matarazzo e… aos 16 em tecelagem de seda fina.

Lembrando da juventude no bairro diz:

Quem viveu nos anos 40… deve lembrar dos campos de futebol nos terrenos baldios… em 1952, a avenida Cassandoca era conhecida como Campo dos Bois, local onde vários times da região praticavam futebol de campo… entre eles o Falcão Paulista.

Era neste time que seu marido, Nico, se destacava como um dos jogadores. Na época o futebol não era uma profissão e, com o tempo, ele tornou-se somente um torcedor. Dos anos 50 ela traz também a lembrança do footing e dos namoros…

O footing também se dava nas quermesses e parques de diversões. Os moços trajavam-se com terno e gravata ficavam parados, paquerando as garotas de corpo de violão, salto alto e saia godê guarda-chuva. Depois… ele acompanhava a moça e mal pegava a sua mão… os primeiros encontros eram nos cinemas Imperial ou Roxy. Logo começava o namoro no portão, e assim saiam os casamentos ou as desilusões.

Também para Filomena a Mooca tem seus “cheiros” especiais, além das flores, lembra: o cheiro atraente e inconfundível… era o pipoqueiro… o algodão doce… caminhava mais um pouco e o aroma era outro, a torrefação de café.

Mas o cheiro mais gostoso que eu trago na memória é o que a macarronada da minha mãe, todos os domingos, espalhava pela casa…. molho que eu nunca consegui fazer igual. Após muitas tentativas em achar qual tempero faltava descobri que aquele molho, que até hoje sinto cheiro, tem gosto de saudade.

Apesar de ser descendente de italianos, Maria Aparecida traz a lembrança da mãe por meio de um prato bem brasileiro: a feijoada feita com muito capricho. Também recorda o cheiro do churrasco feito pelo marido na churrasqueira da casa da rua Avahy.

Cida nasceu em 1940 e Piratininga, interior do Estado, e veio morar na Mooca em 1960. Sendo assim suas lembranças da infância e juventude, footing e namoros são todos da época em que morava em Santa Cruz do Rio Pardo e das férias passadas em Barra Bonita. Mas, mesmo assim, são 40 anos no bairro!

Suas recordações mais fortes e numerosas estão ligadas aos cheiros de seu cotidiano na Mooca.

Quando íamos à feira aquele cheiro de pastel fritando dava água na boca… e na rua Padre Adelino o cheiro de café Seleto. Cheiro de pipoca na porta das escolas e quermesses… do pão fresquinho… do café que meu marido levava para mim na cama, todas as manhãs… cheiro muito agradável de maçã, vindo do antigo Arfrio, entre as ruas Fernando Falcão e Lituânia… Cheiro de chuva caindo no chão seco, fazendo enxurrada, quando eu morava na rua Natal…

Do encontro com o escritor Fernando Bonassi diz:

Adorei a palestra dele que, na verdade foi mais um bate-papo, ou o que posso chamar de “túnel do tempo”… falamos sobre a falência das lojas Antonieta, que ficava no início da Paes de Barros… e também do Luizinho do Hamburguer.

Rosa nascida no bairro, em 1936, divide com Cida esta mesma lembrança do bar do Luizinho, onde nos “bons tempos” ouviam música e comiam hamburguer.

Ela relembra também, a história de sua família de origem:

Meus pais eram italianos e vieram para o Brasil na lua de mel. A vida aqui foi muito dura… o papai era vendendor de café, trabalhava na Companhia União de Refinadores. Eles já tinham 4 filhos (quando) a União tirou deles um terreno no alto da Mooca, para pagar dívidas de café, que os clientes não pagaram. Eu, a 5ª filha, nasci na rua do Hipódromo onde meu pai tinha aberto uma pequena quitanda. Minha mãe teve que trabalhar na Crespi…

Conta também que estudou na Escola Alemã, começando a trabalhar aos 14 anos na malharia Magnolia, e depois na fábrica de meias Musselin, na rua João Caetano. Conheceu o marido em 1956, no footing da Avenida Celso Garcia, e se casaram em 1959. Depois de casada abriram uma casa lotérica onde trabalharam até a aposentadoria.

Lembra dos momentos felizes vividos na juventude e das festinhas de sábado em sua casa:

Meu pai era muito “festeiro”… ele punha o disco Barril de Chopps, do Mário Zan, e começávamos a dançar… Minha mãe fazia sanduiche de pão e presunto e meu pai tomava o “vinhinho”dele… Sempre morei na Mooca e até hoje a festa mais famosa é a de São Genaro, e a tradicional macarronada e a focaccia…

Nascida em Jaú em 1936 e moradora da Mooca há 65 anos Shirley, professora aposentada, assim inicia seu relato:

Minha descendência é dos primeiros imigrantes italianos que vieram por volta de 1885 para o interior de São Paulo a fim de desbravar matas e plantar café. Do lado materno… eram de Veneza e Piemonte e um deles, logo que conseguiu juntar algum dinheiro, construiu o primeiro hotel de Jaú. Pelo lado paterno… eram da Toscana… estabeleceram a primeira fábrica de macarrão do Estado, situada em Jaú.

Dos tempos da juventude lembra do footing na rua da Mooca e na Paes de Barros que não podia frequentar por proibição do pai, mas… aos domingos ia ao bairro do Cambuci, onde moravam três primas da mesma idade, e íamos ao footing que se realizava no jardim do Museu do Ipiranga.

Quando uma moça e as amigas demoravam muito para namorar, elas iam ao footing da Av. Rangel Pestana, em frente as Casas Pirani e o Cine Universo, porque lá havia mais moços.

Shirley trouxe também uma lembrança material do tempo da mocidade vivida nos anos 60. Um lindo vestido vermelho!

Eu o usava para frequentar os bailes chamados matinês, nos salões do clube Holms, da Casa de Portugal e do Clube Comercial…. O horário dos bailes era das 14 às 17hs e íamos em grupos de amigas da mesma rua ou escola, sempre de ônibus… No salão de festas do Colégio São Judas Tadeu eram realizados os bailes pró-formatura, muito concorridos pelos estudantes moradores da Mooca. Foi num deles que conheci meu marido.

Os cheiros do bairro misturam-se em suas lembranças:

Ao cheiro do café Sucesso… misturava-se o cheiro gostoso do acúcar União. Das altas chaminés da Souza Cruz, na rua do Oratório, saia o cheiro de fumo usado na fabricação de cigarros. Ainda hoje, conforme a direção do vento, sente-se o cheiro de doces feitos com coco, das fábricas nas travessas da rua do Hipodromo e da rua Bresser.

Nos anos 60, o cronista de um jornal de São Paulo dizia que a Mooca cheirava a fritura. Talvez não se possa contradizê-lo, pois o bairro era totalmente de casas baixas, e somente alguns sobrados, e ao passar pelas calçadas era normal sentirmos o cheiro de temperos no feijão, molho de tomates para as macarronadas das famílias, bifes fritos em frigideiras e doces caseiros… Na minha casa sempre teve um doce feito com massa e frito no óleo, logo em seguida polvilhado com açúcar, e vinha de outras gerações de família, que é chamado de “crostoli”.

A marca destes relatos é o cheiro da Mooca!

Entre tantas lembranças, do footing, dos namoros e bailes, do tempo da escola e do trabalho, das alegrias e dissabores, os cheiros – que fizeram e ainda fazem parte do cotidiano destes narradores – foram os maiores destaques. Do presente para o passado, e deste novamente para os dias de hoje os cheiros trouxeram festas, reuniões de família, a figura das mães preparando simples delícias… Percorremos com os narradores, guiados pelos cheiros variados, um caminho marcados por “comidas d’alma”, afetos que permanecem vivos neles, e agora em cada um dos leitores.

Na cidade mais importante, a Mooca é o melhor bairro do mundo por uma série de sérias razões que só se darão aos olhos daqueles que tiverem a coragem de chegar bem perto. Sim, porque se há um lugar que é preciso enxergar com cuidado e de frente, é esta vizinhança cheia de detalhes e histórias. Não que sejamos amigos de todos, mas nos misturamos com prazer. A todos recebemos com a mesma desconfiança democrática. Você vai tomar um café forte, vai comer uma coisa boa… mas não deve demorar muito essa recepção. Aqui a excitação é a do trabalho![2]

* URSI-Mooca. Coordenação: Carmem Silvia de Cápua – bibliotecária. Edriana Regina Consorti – terapeuta ocupacional

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