Mestrado da PUC-SP tem Gerontologia Social como área de concentração

Mineira de Cruzília (MG), filha mais velha de cinco irmãos, formada em Fonoaudiologia e doutora em Linguística, Suzana Carielo da Fonseca é a coordenadora do mestrado em Gerontologia da PUC-SP, instituição em que leciona desde 1992 (no curso de Gerontologia a partir de 2007).

Guilherme Salgado Rocha. Fotos: Alessandra Anselmi

 

mestrado-da-puc-sp-tem-gerontologia-social-como-area-de-concentracaoEm entrevista ao Portal do Envelhecimento, Suzana diz que a Gerontologia é, por definição, “um campo de estudos interdisciplinar que faz do processo de envelhecimento e, mais especificamente da velhice, o seu objeto de investigação”. Segundo ela, a base sobre a qual se alicerça a proposta do Programa da PUC-SP, único no país a ter como linha de concentração a Gerontologia Social, “é o compromisso com uma reflexão na qual o problema atual da longevidade humana é abordado pela via do reconhecimento de que velhos são sujeitos com possibilidades de subverter e transformar valores e modos de vida que, social e culturalmente, lhes são impostos”.

Ela explica que envelhecer, do ponto de vista biológico, é um fenômeno que afeta todos os seres; mas do ponto de vista sociocultural e subjetivo ele é marcado por diversidade e singularidade. Portanto, a velhice não pode ser entendida como sinônimo de doença e inatividade, “condições que oneram o Estado, a família e a sociedade”.

Mercado de trabalho

Em relação ao mercado de trabalho dos mestres em Gerontologia, a coordenadora falou ao Portal que as portas se abrem para todos os campos de atuação onde hoje atuam os alunos, ou seja, empresas privadas, como autônomos, profissionais que trabalham como funcionários públicos ou em organismos não governamentais, o terceiro setor. Há alguns que são docentes universitários no interior ou em outros Estados.

mestrado-da-puc-sp-tem-gerontologia-social-como-area-de-concentracaoPara Suzana Carielo da Fonseca, o crescente aumento da longevidade envolve novos arranjos familiares, relações intergeracionais, domínio de novas tecnologias, cuidados… Por isso ela diz que “pesquisadores da área podem, e muito, contribuir com suas investigações para que, cada vez mais, elas se ofereçam como subsídios para as políticas públicas e sociais voltadas para o segmento populacional idoso”. Segundo ela, “é por essa via que a questão da ‘qualidade de vida’ pode ou deve ser abordada: viver mais e bem resulta de um empreendimento que implica aquele que vive/experimenta a velhice, e as condições nas quais a vida se desenrola”.

 

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