Faculdade da 3ª idade faz bem ao corpo e mente

Foi-se o tempo que faculdade era coisa para jovens. Cada vez mais idosos têm procurado cursos para se atualizar e melhorar sua qualidade de vida. Os centros universitários têm acompanhado essa tendência: muitas escolas conceituadas estão abrindo vagas específicas para alunos da terceira idade.

Camila Brunelli

 

Ana Paula Guarnieri é a professora responsável pela Gerontologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e pela disciplina de saúde do idoso do curso de Enfermagem. Para ela, a participação nas aulas é positiva, pois “a integração social é inerente ao ser humano. Quando ele se sente desengajado, há uma alteração imunológica que repercute em todo o organismo, que pode causar desequilíbrio do diabetes, hipertensão ou doenças psicoafetivas.”

Ana Paula citou a máxima que defende que o que não se usa, atrofia. A professora defende que inserido em um grupo, um idoso passa a raciocinar mais, retardando, até mesmo, um possível processo de degeneração cerebral. Para ela, o mais importante é o desenvolvimento da ideia de autorresponsabilidade. “É ele saber que 50% do seu bem-estar depende dele mesmo.” Aulas de dança e ginástica também são oferecidas nesses cursos.

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A coordenadora didática de um desses programas pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Leila Sanchez, confirma. Os cerca de 500 alunos da terceira idade que frequentam a USCS sempre pedem aulas de dança circular e de Educação Física. Matérias como Português, Mitologia e Matemática associada à Lógica também são bastante procuradas pelos alunos.

“Eles têm outro comportamento e começam a ter consciência de que podem envelhecer com saúde”, explicou.

Esses cursos não são opções de graduação. “Os alunos da terceira idade querem aprender, mas não querem ser cobrados. Para ser um curso de graduação, teria que ter uma carga horária específica e exigiria uma formação mínima como pré-requisito – o que não é o nosso caso.”

Mãe de duas filhas formadas pela Fundação Santo André, a aposentada Conceição Pereira, 68, aceitou os conselhos das filhas e foi com o marido fazer um desses cursos na Fundação. A matéria que ela mais gostava era Informática. “Agora eu mexo bem mais com internet.”

Fonte: Diário do Grande ABC, 24/01/11. Disponível Aqui 

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