Envelhecer com fibromialgia é o novo livro lançado por Portal Edições

Livro de Maria Angélica Schlickmann Pereira Hayar, “Envelhecer com fibromialgia: a dor como companheira”, resultado de sua tese de doutorado defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, assinala que o que se percebe é que a dor, quando não controlada, torna-se crônica e vai assumindo a forma como que de uma “entidade”, que toma conta do corpo e da alma de forma lenta e insidiosa, transformando atividades rotineiras em verdadeiros desafios a serem enfrentados pelas mulheres.

O processo de envelhecimento de mulheres acometidas por fibromialgia e o impacto dessa patologia nos âmbitos físico, pessoal e social, agregado às alterações dele decorrentes, é o tema central do livro que está sendo lançado pela editora Portal Edições, vinculada ao Portal do Envelhecimento. O livro traz uma abordagem multidimensional e interdisciplinar, com ênfase nos aspectos psicossociais, culturais, socioeconômicos e sociodemográficos.

A fibromialgia, como diz a autora Maria Angélica Schlickmann Pereira Hayar, é uma doença com características peculiares, que acomete principalmente as mulheres e provoca como sintoma mais importante uma dor que vai se cronificando com o tempo e permanece.

Segundo ela, as doenças e os sofrimentos delas decorrentes trazem impactos negativos para a vida cotidiana das pessoas, comprometendo a capacidade de desenvolver atividades rotineiras e também aquelas relacionadas ao trabalho. Portanto, é muito difícil padecer de uma enfermidade como a fibromialgia sem sofrer com os transtornos que tomam conta de todos os âmbitos da vida.

Maria Angélica Schlickmann Pereira Hayar em seu livro, resultado de sua tese de doutorado defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, assinala que o que se percebe é que a dor, quando não controlada, torna-se crônica e vai assumindo a forma como que de uma “entidade”, que toma conta do corpo e da alma de forma lenta e insidiosa, transformando atividades rotineiras em verdadeiros desafios a serem enfrentados pelas mulheres.

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De acordo com a autora, o processo de envelhecimento de mulheres com dor crônica, mais especificamente fibromialgia, torna-se um tema significativo para estudos, pois a doença já estabelecida coloca a mulher em condição de vulnerabilidade.

A autora traz sua vivência profissional como assistente social colaboradora do Centro de Pesquisa do IMREA HC FMUSP com pacientes, além da trajetória acadêmica e de pesquisadora fortemente associada aos aspectos relacionados ao envelhecimento e ao envelhecimento com dependências. Experiências que a levaram a refletir sobre o que significa envelhecer com uma dor crônica e como isso se dava em um grupo tão heterogêneo de mulheres, cujas trajetórias se cruzavam, naquele momento, pela experiência compartilhada de conviver com a dor, além de quais significados elas atribuíam ao seu próprio processo de envelhecimento acompanhado da dor crônica.

A autora narra que as equipes de profissionais da saúde mantêm ainda o modelo biológico de atenção à saúde voltado para a cura das doenças. No entanto, a doença é resultado de influências do meio ambiente, de fatores socioculturais, é determinada pelo tempo histórico, pelas características de cada indivíduo e pelas suas histórias de vida.

Segundo a autora, as mulheres, principalmente aquelas menos favorecidas do ponto de vista socioeconômico, sofrem com certos agravantes por viverem um histórico de discriminação e desigualdades estruturais. Assim, ao chegar à fase final de suas vidas, são elas que ficam mais sujeitas à conjunção da tríade pobreza, solidão e doença. A pergunta que se coloca diante das constatações feitas a respeito da realidade adversa que enfrentam é: o que oferecer a essas pessoas que envelhecem com uma dor, muitas vezes, incapacitante, que é proveniente de uma doença “invisível” e que por isso suscita inumeráveis preconceitos entre os familiares e na sociedade? A dor vai ser “companheira” até a fase final da vida dessas mulheres, uma vez que a fibromialgia ainda é uma afecção que não tem cura e o tratamento é ainda muito controverso e, muitas vezes, ineficaz.

As doenças musculoesqueléticas estão entre os principais problemas que afetam os idosos no mundo todo, juntamente com as doenças cardiovasculares, doenças mentais, entre outras. É preciso que políticas de atenção à saúde e previdência estejam atentas a essa população, levando em conta todos esses aspectos particulares. Também é preciso que tais políticas ofereçam cuidados ao longo de todo o curso de vida, a fim de diminuir as vulnerabilidades sociais às quais estão expostos os idosos – e, em especial, as mulheres–, na fase mais tardia de suas vidas.

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