Cuidados Paliativos: o desafio de auxiliar o sofrimento

A cura pode não ser a única alternativa para muitas formas de adoecimento, pois, quando não há essa perspectiva, ou ao longo de penosos tratamentos, deve-se evitar procedimentos dolorosos ou invasivos que não alterem o quadro clínico, além de dar atenção mais humana e integral podem minorar o sofrimento e dar mais dignidade à existência e até a morte. Este é o tema da Revista RADIS, edição 168, de setembro de 2016.

Redação RADIS *

 

cuidados-paliativos-o-desafio-de-auxiliar-o-sofrimentoA edição n°168 de setembro de 2016 da Revista Radis, disponível on-line, aborda como tema de capa “Cuidados Paliativos: O desafio de auxiliar o sofrimento”. De acordo com a publicação, a cura pode não ser a única alternativa para muitas formas de adoecimento, pois, quando não há essa perspectiva, ou ao longo de penosos tratamentos, deve-se evitar procedimentos dolorosos ou invasivos que não alterem o quadro clínico, além de dar atenção mais humana e integral podem minorar o sofrimento e dar mais dignidade à existência e até a morte.

A repórter Liseane Morosini entrevistou especialistas, profissionais, familiares e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em diferentes estados. Essa abordagem melhora a qualidade de vida de pacientes com doenças que ameaçam a continuidade da vida, e apoiam parentes, como dona Neiva Alves, cujo marido, Antonio das Neves, caiu no chão ao sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) em maio. De casa, ele foi levado para o pronto-socorro de Pedro Osório, cidade a 300 quilômetros de Porto Alegre, e depois removido para o Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas, distante 55 km de onde o casal mora. “Paliar é aliviar o sofrimento do outro. Não há interrupção do cuidado mesmo nesses momentos”, explica Maria Goretti Sales Maciel, diretora do Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

De acordo com a presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), a médica de família e sanitarista, esse tipo de cuidado era dirigido a pacientes com câncer, mas hoje também se volta para doenças crônicas como hipertensão, diabetes, insuficiência de órgãos, doenças neurológicas degenerativas, sequelas neurológicas, doenças genéticas na infância, doenças restritivas respiratórias e Aids, entre outras. “Tentamos prover as necessidades de cada paciente, que vão além da doença que ameaça sua vida. Nós olhamos mais a pessoa que a doença e tudo o que se aproxima dela”, disse.

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Plano (im)popular

É o título de outra matéria da Radis, que trata da medida do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que anunciou a intenção de autorizar a venda de “planos de saúde populares”, com cobertura inferior à mínima estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em 5/8, foi publicada, no Diário Oficial da União, portaria do Ministério da Saúde que instaura um grupo de trabalho para discutir o projeto de “plano de saúde acessível”. A premissa seria aliviar os gastos com o financiamento do Sistema Único de Saúde, nas palavras do ministro: “Queremos mais recursos e, como estamos nessa crise fiscal, se tivermos planos acessíveis com modelos de que a sociedade deseja participar, teremos R$ 20 bilhões ou R$ 30 bilhões a mais de recursos que serão colocados para atendimento de saúde. Isso vai aliviar nosso sistema, que está congestionado”.

O que acabou acontecendo foi que o feito de uniu entidades da Saúde e do direito do consumidor que nem sempre estão do mesmo lado: da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) ao Conselho Federal de Medicina (CFM), todas as organizações do setor se posicionaram contrárias à revisão do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. A exceção foram as corporações que representam os interesses das seguradoras. Ronald Ferreira dos Santos, presidente do Conselho Nacional de Saúde, órgão que não foi consultado ou convidado a integrar o GT, rechaçou o argumento de que planos de saúde populares podem aliviar o subfinanciamento da saúde pública. “Temos de alocar mais recursos e garantir o preceito constitucional da responsabilidade do Estado com o direito à saúde, bem como da universalidade, gratuidade e integralidade do SUS”, comentou ele à Radis.

Outra reportagem é Água para beber, primeira de uma série da Radis que vai levantar questões determinantes para a qualidade de vida. A importância do consumo de água potável para o organismo é o foco do texto. Quando a água não é ingerida em quantidades suficientes para o corpo, os sinais não tardam a aparecer, esclarece Maria Valéria Fontoura, nutricionista do Hospital Federal Cardoso Fontes, na zona oeste do Rio de Janeiro, que costuma orientar seus pacientes sobre o assunto durante as consultas nutricionais. “É preciso prestar a atenção em sinais como constipação intestinal [“prisão de ventre”], pele ressecada, falta de salivação para mastigar e até queda de cabelo”, relata. Ela também destaca que a água é um nutriente decisivo na digestão. Os rins também precisam do líquido para filtrar as impurezas do sangue: a urina, formada por cerca de 95% de água, leva embora os resíduos que o organismo deve eliminar.

Leia essas e outras matérias na íntegra na Radis de número 168: Disponível Aqui 

* RADIS – A revista faz parte do Programa Radis (Reunião, Análise e Difusão de Informações sobre Saúde), um programa nacional de jornalismo em saúde pública, ligado à Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), órgão Ministério da Saúde.

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