Choosing wisely ou “fazer escolhas sábias”

Choosing wisely ou “fazer escolhas sábias”

Choosing wisely promove o uso consciente dos recursos em saúde para a prevenção de agravos pelo excesso de cuidado. Algo como “fazer escolhas sábias”, especificamente na área da saúde, para a tomada de decisão nos tratamentos ou cuidados das pessoas que terão algum atendimento em saúde.

 

Menos é mais. Acredito que todos já ouviram falar desse velho ditado, que traduz o simples conceito de que o exagero pode ser prejudicial, em qualquer situação que vivemos, seja em exercícios, alimentação, tecnologias, relacionamentos ou qualquer outro assunto pertinente a nossa sociedade. Se os excessos precisam ser evitados em qualquer área da nossa vida, por que não usamos esse conceito para a nossa saúde!? Pensando nisso, por volta de 2012, nos EUA, iniciou-se uma campanha chamada Choosing wisely, que justamente promove o uso consciente dos recursos em saúde para a prevenção de agravos pelo excesso de cuidado.

Vocês já ouviram falar do termo Choosing wisely?

Como falado, é um movimento que estimula o uso consciente dos recursos em saúde. Choosing wisely, traduzido para o português, seria algo como “fazer escolhas sábias”, especificamente na área da saúde, para a tomada de decisão nos tratamentos ou cuidados das pessoas que terão algum atendimento em saúde.

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Mas não se engane, o uso consciente dos recursos em saúde, embora seja o próprio conceito do “menos é mais”, não torna as tomadas de decisão mais simples, muito pelo contrário, as tornam mais complexas e exigem um maior conhecimento dos profissionais de saúde envolvidos. Trata-se de ações pautadas em profundas e eficazes evidências científicas.

Profundas, pois as ações devem possuir resultados satisfatórios baseados em evidências científicas pregressas, ou seja, estudos publicados com metodologias bem descritas e resultados positivos, e eficazes, pois a escolha mais adequada resultará numa maior qualidade com o menor gasto possível, tanto para os recursos de saúde quanto para o próprio usuário do serviço.

No final das contas, em resumo, não se trata então das ações que os profissionais devem seguir, pois a área de saúde está repleta de guias e manuais explicando, em excesso, como deve-se seguir para realizar o tratamento e o cuidado adequado, e sim quais ações não deverão ser seguidas, como:

  • Utilização de terapias e cuidados que prejudiquem à saúde;
  • Ações sem dados científicos ou com dados escassos;
  • Ações com resultados científicos negativos, embora seguras;
  • Utilização de recursos para diagnósticos que sejam fúteis, trazendo resultados negativos;

O Choosing wisely deve ser aplicado à todos, como uma ação que aumenta a qualidade e segurança na saúde, porém sua atenção aos idosos deve-se ser redobrada. Isso porque, trata-se de uma classe etária que costuma, de forma generalizada, possuir alterações distintas de saúde, estimulando-os a buscarem especialidades médicas diferentes que, muitas vezes, desconhecem as alterações fisiológicas importantes da velhice que podem, comumente, alterar o resultado esperado no tratamento ou cuidado do indivíduo.

Trata-se então de um movimento que precisa, cada vez mais, ser praticado por profissionais de saúde diversos, estimulando-os a buscar conhecimentos eficazes para, como um resultado de qualidade, tornarem as tomadas de decisão mais coerentes e, de forma mais ativa, colocarem em prática a prevenção quaternária, ou seja, a prevenção pelos excessos de cuidado.

Para saber mais, visite o site da própria organização americana, disponível em https://www.choosingwisely.org/

Nélio Borrozino

Possui graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário São Camilo (CUSC - 2011). Especialista em informática em saúde pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP - 2014). Mestrado em Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). É Coordenador de operações na ShareCare Brasil. Tem experiência como gestor na área de Enfermagem, com ênfase em Prevenção e Promoção da Saúde, gerontologia, onde foi membro do Grupo de Estudos em Envelhecimento Cerebral da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Informática em Saúde com foco em Gerenciamento de Doenças Crônicas (GDC), Prontuário Eletrônico, Tele-Enfermagem, Gestão de pessoas, Gestão por processos e Comunicação efetiva. Email: [email protected]

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Possui graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário São Camilo (CUSC - 2011). Especialista em informática em saúde pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP - 2014). Mestrado em Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). É Coordenador de operações na ShareCare Brasil. Tem experiência como gestor na área de Enfermagem, com ênfase em Prevenção e Promoção da Saúde, gerontologia, onde foi membro do Grupo de Estudos em Envelhecimento Cerebral da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Informática em Saúde com foco em Gerenciamento de Doenças Crônicas (GDC), Prontuário Eletrônico, Tele-Enfermagem, Gestão de pessoas, Gestão por processos e Comunicação efetiva. Email: [email protected]

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