Breve reflexão sobre o trabalho junto aos idosos

Breve reflexão sobre o trabalho junto aos idosos

Minha experiência primeira com trabalho na área do envelhecimento foram momentos que despertaram em mim a famosa empatia e valorização da história do próximo, a habilidade em lidar com diferenças e respeitar o tempo do outro, especialmente dos idosos. 

Mayara dos Reis Santos (*)

 

Minha experiência com o envelhecimento propriamente dito se iniciou no meu último ano de graduação que, por sorte, foi em dose dupla: quando iniciei o estágio curricular na unidade Promove São Camilo (SP) e o estágio extracurricular em uma casa de repouso.

Posso dizer que tive uma vivência muito gratificante, em que passei por conquistas e desafios, aprendi muitas coisas, passei a entender a realidade da pessoa idosa que, por motivos de senilidade ou senescência, tornam-se dependentes, sofrem rupturas no cotidiano e que são limitadas a exercer vontade própria. Momentos que despertaram em mim a famosa empatia e valorização da história do próximo, a habilidade em lidar com diferenças e respeitar o tempo do outro.

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A partir do início desta jornada, dou continuidade a ela até nos dias de hoje e pretendo seguir no decorrer da minha carreira. Para mim, valorizar o idoso é valorizar a si próprio, pois a pessoa mais velha nada mais é do que você no futuro.

Ante minha breve experiência e a partir de estudos, observo que a velhice é apenas um processo normal na vida do ser humano, e que por isso não podemos vê-la como uma fase negativa, pois a velhice nem sempre vem acompanhada de doenças.

Tratando-se da fragilidade na velhice, posso dizer que o ser humano nasce dependente e segue dependente durante toda a sua jornada de vida, porém, com o passar dos anos a dependência pode, na maioria dos casos, aumentar devido às respostas do nosso corpo, afinal somos finitos. Não devemos julgar a pessoa idosa como inválida, chata, ranzinza, depressiva e etc. Devemos olhar para ela respeitando sua história, sua personalidade e suas vontades, pois é a pessoa idosa com comportamento alterado que se encontra em um estado de fragilidade.

(*) Mayara dos Reis Santos tem 24 anos, é graduada em terapia ocupacional com experiência em promoção à saúde de idosos institucionalizados. Atua em promoção à saúde e reabilitação física, motora e cognitiva em ILPI’s particulares. E-mail: [email protected]

 

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