Avaliação da percepção da saúde bucal e qualidade de vida de idosos do Projeto de Extensão da Universidade Católica de Brasília (UCB) – Centro de Convivência de Idosos (CCI) a partir da utilização do instrumento GOHAI

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a autopercepção de saúde e as condições de saúde bucal de 30 pacientes idosos pertencentes ao Centro de Convivência de Idosos (CCI) – Projeto de Extensão da Universidade Católica de Brasília (UCB) por amostra de conveniência.

Jéssica Martins de Lima, Zilda Pessoa, Daniel Rey de Carvalho, Vicente Paulo Alves, Rodrigo Edson Santos Barbosa, Antônio da Silva Ramos Neto, Fernando Luiz Brunetti Montenegro, Alexandre Franco Miranda 

O projeto piloto foi autorizado a ser desenvolvido pela coordenação do CCI, com assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelos idosos participantes da pesquisa, a partir de parceria do curso de Odontologia da UCB, disciplina de Odontogeriatria, e o referido projeto.

Na avaliação auto perceptiva, utilizou-se o instrumento GOHAI (Geriatric Oral Health Assessment Index) simplificado, composto por 12 perguntas relacionadas às condições de saúde bucal com as atividades e situações rotineiras vividas pelos idosos; na avaliação da condição bucal, utilizou-se uma ficha odontológica padronizada e individualizada, em que o índice CPOD, usuários de próteses, condições de higienização bucal/protética/lingual e presença de lesões bucais foram investigados. Os pacientes receberam índices de autopercepção “ótima”, “regular” e “ruim”, em que foram relacionados às reais condições de saúde bucal.

De forma secundária, observaram-se os fatores que mais afetavam a autopercepção de saúde bucal dos idosos, de maneira a interpretar o que era considerado mais significativo para essa população em termos de saúde.

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Obtivemos como resultados que os idosos avaliados apresentaram condição bucal precária, com o índice CPOD médio de 22,9, em que a perda dentária foi o fator mais determinante. Somente 7 idosos não apresentaram nenhum nível de saburra lingual, 5 dos 24 usuários de próteses tiveram as próteses consideradas insatisfatoriamente higienizadas, e 12 dos entrevistados apresentaram algum tipo de lesão bucal.

Em contrapartida, a autopercepção de saúde bucal pelo GOHAI foi positiva, ou seja, 20 idosos (66%) dos entrevistados obtiveram números altos no índice, foram considerados regular e ótimo, e 18 declararam estar satisfeitos com sua condição bucal, sem necessidade de melhorias.

Concluímos que a diferença existente entre a percepção que o idoso faz de sua saúde bucal e a condição avaliada favorece a discussão a respeito da baixa expectativa do paciente, que se conforma com uma saúde bucal precária e/ou mediana, acreditando que a carência de saúde bucal seja processo natural do envelhecimento.

Diante do avaliado, observa-se a necessidade de medidas preventivas, de participação, de orientações e de pesquisas em saúde bucal que visem, a partir de um planejamento multidisciplinar, avaliar e promover bem-estar e qualidade de vida para esse grupo populacional.

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