Aos 101 anos, americana publica seu primeiro livro de poesia

Sarah Yerkes, 101 anos, lançou seu primeiro livro de poesia denominado “Days of Blue and Flame”. Os poemas foram uma alternativa para quando ela se viu com limitações físicas. Os textos refletem sobre as dores e os prazeres da vida.


Aos 101 anos, Sarah Yerkes provou que o tempo não dita o tamanho dos nossos sonhos. Designer formada na Universidade de Harvard — profissão pela qual atuou por décadas — ela descobriu a poesia acompanhando Henry Morgenthau III, um amigo nas classes de redação do retiro de idosos em que vivem, em Washington D.C. (EUA). Com mais de um século de vida ela lançou seu primeiro livro, “Days of Blue and Flame” (“Dias de tristeza e chamas”, em tradução livre), no ano passado, mas que na realidade começou a escrevê-los aos 90 anos de idade. A capa retrata uma das suas pinturas, feita em anos anteriores.

Sarah Hitchcock Yerkes nasceu em 1918 em Portland, Oregon, para onde seu pai fora enviado para fazer hélices de aviões da Primeira Guerra Mundial. Assim que a guerra terminou, a família voltou para sua casa em Cleveland, onde Sarah cresceu. Sarah estudou na Boston Museum School, na Cambridge School of Architecture and Landscape Architecture e na Harvard’s Graduate School of Design, e foi uma das primeiras mulheres a se formar em arquitetura em Harvard.

Desde 1945, Sarah vive em Washington DC. Além de sua vida profissional como arquiteta paisagista e escultora, ela foi estudante, curadora por mais de quinze anos e reitora interina do Museu e Galerias Corcoran. Em meados dos anos noventa, Sarah voltou-se seriamente para a poesia quando se juntou a um workshop de poesia em sua comunidade de aposentados. Ela tem três filhos, nove netos e treze bisnetos.

Os poemas de Sarah foram uma alternativa quando ela, uma escultora, se viu impedida de praticar a arte dado às limitações físicas da idade. Os textos refletem sobre as dores e os prazeres da vida. Ela diz que alguns são muito pessoais, cheios de sentimentos e emoções que nunca compartilhou nem com seus familiares. “Eu estava escrevendo só para mim. Eu não achava que isso se tornaria público ou que alguém fosse demonstrar interesse por ele”, ela contou ao “Washington Post”.

O filho de Sarah, Amos Satterlee, de 66 anos, contou ao jornal que os poemas se tornaram uma jornada mais profunda ao lado emocional da mãe. Em um deles, “Believing” (“acreditando”, em tradução livre) a escultora fala sobre seu filho mais velho, que morreu aos cinco anos de idade em decorrência de uma leucemia. 

Eu olho para a foto e vejo o meu menino. Ele ainda tem cinco ou já fez setenta e cinco? Ele espera por mim em alguma praia distante ou seguiu em frente para uma nova vida”, ela escreve.

A publicação foi lançada pela Passager Books, editora da Universidade de Baltimore que trabalha com obras de autores com mais de 50 anos. A companhia também foi responsável por lançar o livro de estreia de Henry, que saiu no ano passado. “Quando você é mais velho, você precisa se adaptar a um universo menor, mas carrega consigo toda a bagagem que acumulou ao longo da vida e as aplica de maneiras novas e interessantes”, refletiu Kendra Kopelke, assessora de imprensa da editora. 

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Texto elaborado a partir de artigo assinado por Tara Bahrampour e publicado no The Washington Post. Foto destaque: divulgação


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