“A medicina está deixando de ser ‘tamanho único’ para ser pessoal”

É o que diz o biólogo israelense Aaron Ciechanover, laureado com o Nobel de Química de 2004, em evento em Lindau, na Alemanha. Segundo ele, no futuro, cada pessoa terá tratamento médico personalizado, orientado por seu perfil genético, proteico e metabólico. Mas, além de benesses, essa revolução médica trará grandes desafios, em especial no campo ético.

Fred Furtado(*)


Atualmente, as doenças ainda são, em sua maior parte, tratadas de forma ampla, sem considerar as diferenças genéticas entre os indivíduos. Além disso, os tratamentos não levam em conta que uma mesma doença, como o câncer de mama, pode estar associada a genes variados. Esse cenário em que as características únicas dos pacientes e das doenças não auxiliam na definição da abordagem terapêutica adotada deve mudar graças à terceira revolução da medicina.

É assim que o biólogo israelense Aaron Ciechanover, laureado com o Nobel de Química de 2004 por elucidar processo de degradação e reciclagem de proteínas, batizou o crescente uso dos testes genéticos para orientar o tratamento de doenças. Em sua palestra, ministrada na terça-feira (02/07) no 63º Encontro de Prêmios Nobel em Lindau, na Alemanha, Ciechanover falou sobre essa medicina personalizada e alguns de seus desafios.

Para o biólogo, que trabalha no Instituto de Tecnologia de Israel, a primeira revolução da medicina ocorreu nas décadas que precedem 1960. Ela foi caracterizada por descobertas acidentais, como a da penicilina. Já a segunda revolução ocorreu entre os anos 1970 e 2000 e foi marcada pela maciça triagem de grandes bibliotecas de compostos químicos na esperança de se encontrar alguma substância com potencial médico.

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A terceira revolução da medicina já se manifesta pela realização de testes genéticos. “A medicina está deixando de ser ‘tamanho único’ para ser pessoal”, ilustrou Ciechanover.
É caracterizada por quatro ‘P’s: personalizada, previsível, preventiva e participativa.

O grande problema para Ciechanover é a questão bioética. Uma medicina personalizada requer grandes bancos de dados com registros dos genomas das pessoas.

Leia a íntegra: Disponível Aqui

(*)Fred Furtado, doCiência Hoje, que viajou a Lindau a convite da organização do evento. Publicado em 03/07/2013.

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