2013 se despede com a perda e legado de dois grandes seres: Doris Lessing e Mandela

Nossa viagem pela obra da escritora britânica Doris Lessing teve seu início com um de seus livros mais primorosos e delicados: “O Diário de uma Boa Vizinha”, Editora Record, Rio de Janeiro, 1983.

 

 

2013-se-despede-com-a-perda-e-legado-de-dois-grandes-seres-doris-lessing-e-mandelaNele acompanhamos o relato de Jana Sommers, “uma jovem senhora bem sucedida profissionalmente que percebe em sua viuvez a pouca profundidade de suas relações com o marido e a família.

Numa tentativa de resgatar seu ‘humanismo’ busca participar de um programa social conhecido na Inglaterra como ‘a boa vizinha’, onde mulheres se oferecem para um trabalho voluntário de visitação de idosos” (ICHIMURA, 2006).

Assim era Doris Lessing, uma mulher valente que ousava discutir temas delicados, e muitas vezes, controversos, como o envelhecimento e suas agruras.

Como todos nós temos um prazo de validade definido, Doris, com sua grandeza literária, não ficou de fora. É um fato: até os “grandes” se vão.

A escritora morreu no dia 17 de novembro aos 94 anos.

Muitos não sabem, mas Doris é autora de mais de 50 novelas tendo sido agraciada com o Nobel de literatura em 2007. Conta a reportagem do Jornal A Folha de S.Paulo que a escritora recebeu o prêmio em janeiro de 2008 na cidade de West Hampstead (Londres).

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Na ocasião, ela brincou com o fato, claro, sempre coerente com seu estilo irreverente e destemido: “Tenho 88 anos e eles não podem dar o Nobel para um morto, então acho que eles pensaram que era melhor me dar logo antes que eu batesse as botas”.

2013-se-despede-com-a-perda-e-legado-de-dois-grandes-seres-doris-lessing-e-mandelaMadiba

Nelson Mandela, mais conhecido como Madiba na África do Sul, morreu em sua casa, aos 95 anos, em Pretória, no dia 5 de dezembro. Ele é um ícone de simplicidade, dignidade e reconciliação, admirado pelo mundo inteiro.

Nicholas Kristof / NYT, colunista do jornal O Estado de S.Paulo, escreveu o seguinte: “Meu fato favorito sobre Nelson Mandela é que ele convidou a um dos carcereiros brancos que ajudou a mantê-lo preso por 27 anos para assistir à sua posse como presidente da África do Sul. Foi um sinal da magnanimidade, cordialidade e da total falta de ressentimento que marcaram esse homem. A história teve muitos grandes dissidentes e revolucionários, mas poucos se tornaram líderes nacionais.”

Kristof assinala ainda que além de sua luta contra o preconceito racial, que o levou à prisão por cerca 27 anos, Mandela “lutou também contra a aids, paz em nações em guerra e promoção do respeito aos direitos dos homossexuais. Num continente que costumava reprimir vigorosamente gays e lésbicas, Mandela foi um vigoroso defensor da igualdade e do casamento gay e foi em razão da sua influência que a África do Sul tornou-se o quinto país no mundo a legalizar a união de pessoas do mesmo sexo”.

Referências

BBC BRASIL (2013). Doris Lessing: ganhadora do Nobel de literatura escreveu sobre justiça social e até ficção científica. Disponível Aqui. Acesso em 17/11/2013.

ESTADÃO. A marca e o legado de Mandela sobrevivem em todo o mundo. Acesse Aqui

ICHIMURA, A.L. (2006). O relato de uma boa vizinha – quando a solidariedade chega primeiro. Disponível Aqui. Acesso em 17/11/2013.

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