Envelhecimento é arma contra a mudança climática

Envelhecimento é arma contra a mudança climática

A terceira idade pode ajudar a salvar o planeta. Isso porque os cientistas descobriram que países cuja população está ficando mais velha devem passar por grandes reduções nas emissões de CO2.

 

Países europeus, como Itália e Alemanha, e mesmo de outras regiões, como o Japão, devem ter uma redução de cerca de 20% nas suas emissões até 2050. Isso vai acontecer porque os responsáveis pelo grosso das emissões são aqueles que estão no mercado de trabalho, no auge das suas carreiras -eles consomem mais, produzem mais, se deslocam mais, poluem mais.

Isso não significa, porém, que o mundo está salvo: na outra ponta, a urbanização nos países em desenvolvimento, especialmente China e Índia, será responsável por uma explosão nas emissões de CO2 nas próximas décadas -quem vive no campo, claro, não emite muito CO2.

Em função do gigantismo da população desses dois países, a urbanização vai superar de longe o envelhecimento e levar ao aumento global da temperatura.

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Essas conclusões estão no trabalho publicado pela equipe de Brian O’Neill, do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica dos EUA, no periódico científico “PNAS”.

Mais atenção deveria ser dada aos impactos do envelhecimento e da urbanização no clima. Mas os nossos resultados não significam necessariamente que ações políticas deveriam ser tomadas para alterar esses fatores. O’Neill, pesquisador americano

Eles utilizaram dados de 34 países para avaliar como tendências demográficas afetam emissões de carbono. Um dos países analisados foi o Brasil. O país, nesse caso, se parece mais com os europeus do que com as outras nações em desenvolvimento.

Primeiro, porque já é bastante urbano (mais de 80% da população). Além disso, porque a taxa de fertilidade brasileira já é menor do que dois filhos por mulher, um valor bastante baixo, parecido com o encontrado em países desenvolvidos. Isso, claro, está levando ao rápido envelhecimento da população.

O cientista americano, porém, evita fazer comentários sobre as consequências políticas das suas conclusões. Ele diz não estar apto a afirmar se o seu trabalho sugere que países desenvolvidos deveriam se preocupar menos com com o envelhecimento da sua população, já que isso tem um fator positivo, ou se China e Índia deveriam tentar limitar a urbanização nos seus territórios.

Fonte: Folha de S.Paulo – Ciência, 18/10.

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