Acesso a serviços odontológicos por idosos institucionalizados e não-institucionalizados de Governador Valadares-MG

Segundo a OMS, o envelhecimento populacional está atingindo não só os países do primeiro mundo, como também o Brasil. Em decorrência faz-se necessário um levantamento das condições bucais dos indivíduos com idade acima de 60 anos. Isto porque qualquer alteração que atrapalhe as funções do organismo interfere diretamente na qualidade de vida do indivíduo.

Caroline Magalhães Alcântara, Cristina Gonçalves, Lorena Cristina Salgado Dias, Valquiria Gonçalves Pereira, Suely Maria Rodrigues e Carlos Alberto Dias *

O objetivo deste estudo foi relacionar a condição de saúde bucal com o acesso a serviços odontológicos por idosos institucionalizados e não-institucionalizados residentes em Governador Valadares.

Trata-se de um estudo transversal com uma amostra constituída por idosos de ambos os sexos, em qualquer estado funcional. Os institucionalizados, são 137 idosos residentes nas 5 instituições de longa permanência do município (Grupo 1), e os não-institucionalizados são 426 participantes de 22 grupos de terceira idade (Grupo 2).

A coleta foi realizada por meio de um levantamento epidemiológico, por pesquisadores devidamente calibrados segundo critérios recomendados pela OMS e por uma entrevista estruturada, no período de dez/07 a mar/08.

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A variável referente a condição bucal foi o índice CPO-D e para a entrevista foram dados sociodemográficos e acesso aos serviços odontológicos. A idade média dos participantes foi de 71,4 anos, prevalecendo o gênero feminino (71,1%). A maioria são casados (87,1%) e funcionalmente independentes (82,3%).

Com relação à escolaridade, 45,5% possuem o ensino fundamental e 34,7% declaram-se analfabetos. A renda média mensal do grupo 1 foi de R$408,90, enquanto que a do grupo 2 foi de R$555,20. O CPO-D médio do grupo 1 (30,8) é maior do que o do grupo 2 (27,8) indicando que idosos residentes em instituições de longa permanência possuem uma condição bucal inferior.

Quanto ao acesso aos serviços odontológicos, 84,4% dos idosos do grupo 2 foram ao dentista nos últimos 12 meses, porém este índice é de apenas 15,6% para os do grupo 1. Verificou-se que a pior condição de saúde bucal dos indivíduos do grupo 1 pode estar relacionada com a menor renda mensal e sobretudo ao reduzido acesso a serviços odontológicos.

Fontes consultadas

CARNEIRO R. M. V. et al. Saúde bucal de idosos institucionalizados, zona leste de São Paulo, Brasil, 1999. Cad. Saúde Pública, v.21, n.6, Rio de Janeiro nov./dez. 2005. MORAES, Edgar Nunes de. Princípios Básicos de Geriatria e Gerontologia. Belo Horizonte: Coopmed, 2008.

*Caroline Magalhães Alcântara – Discentes do Curso de Odontologia da FACS/UNIVALE, Cristina Gonçalves, Lorena Cristina Salgado Dias e Valquiria Gonçalves Pereira – Discentes do Curso de Psicologia da FHS / Universidade Vale do Rio Doce – Univale. Suely Maria Rodrigues – Docente responsável pelo Estágio Supervisionado em Odontogeriatria da FACS/UNIVALE Carlos Alberto Dias – Docente do curso de Psicologia. Painel apresentado no 16º Simpósio de Iniciação Científica da USP (SIICUSP), 2008 e no 1º Congresso Nacional De Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG, 2008. E-mail: [email protected].

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